sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pré-vestibular Solidário Reação é mais uma alternativa para ninguém ficar de fora da universidade!

Por Maira Renou

O pré-vestibular Solidário Reação surgiu em 2005 como um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense. Hoje possui duas turmas com aulas no Instituto de Química da UFF, localizado no Valonguinho, de segunda à sexta-feira das 18h20 às 21h50, com algumas oficinas aos sábados. Atende alunos vindos principalmente da rede pública de ensino de Niterói e proximidades.

Cinco anos depois de sua criação, conta com um corpo docente de 30 alunos da graduação e pós-graduação de diferentes universidades. Esses novos professores recebem uma preparação para o magistério, ensaiam para sua carreira profissional futura e contribuem para a educação.

As inscrições para o pré-vestibular acontecem no inicio do ano no Instituto de Química. Custa R$ 5,00 mais um kilo de alimento não-perecível. Para ingressar o aluno precisa ter concluído o ensino médio e passar por um processo seletivo que inclui uma entrevista sócio-econômica e uma prova. São 120 vagas oferecidas a cada ano e as aulas são gratuitas.


O professor Marcus Paulo graduado e pós-graduado em química pela UFF é o coordenador do pré – vestibular, ele conta como é a experiência de trabalhar nesse projeto:

“Passar no vestibular hoje já é bastante complicado. A situação é pior ainda quando não se teve uma educação adequada, como é o caso da maioria dos colégios de ensino público, que infelizmente não funcionam como deveriam. Então o aluno que não teve oportunidade de uma educação básica de qualidade e que não tem condições de pagar um curso particular, fica sem opções, vê o sonho de ingressar numa universidade pública acabar. O nosso pré-vestibular comunitário, que não é o único aqui na UFF, tenta ajudar essas pessoas. O nosso objetivo é ensinar o que eles não tiveram chances de aprender e contribuir para que eles alcancem o curso superior. Para mim, a maior gratificação é quando sai os resultados das universidades e nós vemos que deu resultado todo o nosso trabalho, que muitos de nosso alunos conseguiram passar no vestibular. O trabalho é difícil, todos os professores dão o coração, já que não recebem nenhum tipo de remuneração. As vezes dá vontade de desistir, quando chega na metade do ano e vamos perdendo muitos alunos, quando não temos material para ensinar... mas a universidade tem nos apoiado bastante com a estrutura, e assim a gente vai levando, acreditando que estamos ajudando esses alunos a terem um futuro diferente.”

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