Por Marcos Oliveira
Todo ano milhares de estudantes enfrentam o mesmo desafio: ingressar numa universidade, de preferência, pública. Frente a esse competitivo panorama, é cada vez mais necessário que o aluno se prepare o máximo para o vestibular e o que não falta é opção de cursos preparatórios. Alguns tem ofertas de vagas de baixo custo ou até mesmo gratuitas como é o caso do Pré-Universitário Popular
O Pré Popular surgiu em 1999 e está localizado na Escola de Engenharia da UFF, em São Domingos, Niterói. Desde então, o curso contribui para que milhares de pessoas tenham acesso a um ensino gratuito e de qualidade. Para garantir a vaga é preciso passar no processo seletivo, que consiste em prova de matemática, português e redação e análise de um questionário socio-econômico. As aulas são de segunda à sexta, das 18h às 22h.
Por ter um limite de vagas, uma demanda muito grande e nem todos estarem disponíveis para estudar à noite, uma alternativa foi criada há dois anos. Um curso intensivo aos sábados, das 8h às 19h, com a mensalidade de R$ 35, dá oportunidade para quem não conseguiu passar na seleção e para quem não pode pagar um curso particular. São 10 turmas formadas este ano, com mais de 400 pessoas inscritas desde março. O projeto beneficia tanto os alunos quanto o pré-vestibular.
Um dos grandes responsáveis por manter o Pré Popular da UFF é o curso de sábado. Gastos com materiais, livros, xerox, pagamento de professores que não são bolsistas e equipamentos para o laboratório são garantidos com a mensalidade paga por aqueles alunos. O curso ainda conta com netbooks, datashow para auxiliar as aulas, computador com internet à disposição do aluno e uma biblioteca.
Segundo a coordenadora e professora de história, Rafaela de Almeida dos Santos, o pré-vestibular oferece condições para que o aluno passe no vestibular de qualquer instituição. “Além das aulas, temos monitoria de todas as matérias, e fazemos sempre simulados, como o Penge, que nada mais é do que uma prova com questões discursivas de vestibular que o aluno deve entregar feita no final do cada mês”, afirma a coordenadora.
Rafaela dos Santos, coordenadora do pré, com o Penge
Depoimento da ex-aluna e atual professora de biologia, Karla Pêpe:
“O pré-vestibular foi fundamental para conseguir ingressar numa faculdade pública. Estudei em 2005, não compreendi a importância daquele espaço para passar no vestibular na primeira tentativa. Então voltei em 2006 e tive uma nova chance. O que mais eu gostava do pré era a dedicação de cada professor com o aluno e o esforço de todos eles em tornar o pré tão bom quanto um particular. Passei na UERJ e na UFRJ, e hoje estou no 7º período de Ciências Biológicas na Uerj. Retornei ao pré em 2007 como professora. Eu sempre falo para os alunos para se dedicarem ao máximo no ano de vestibular, pois a recompensa de estar em uma universidade pública é maior.”
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